Monte Athos é o nome dado a cordilheira montanhosa que forma a península mais oriental das três estendendo-se para o sul da Península Calcídica, localizada na Macedônia Central, no norte da Grécia. Em grego é chamado Άγιον Όρος (Ágion Óros, montanha sagrada). Em tempos clássicos, a península foi chamada Ακτή (Acti).

O Monte Atos (em grego Όρος Άθως) é uma montanha e península na Grécia. É patrimônio mundial da UNESCO, constituindo-se também como entidade política autônoma da República Helênica, governada por um Conselho Teocrático da Igreja Ortodoxa Grega. Na atualidade, os gregos usam a expressão “Montanha Sagrada” (em grego Άγιον Όρος) para se referir ao Monte Atos. O Monte Atos abriga vinte mosteiros greco-ortodoxos sob direta jurisdição do patriarca de Constantinopla.
O nome oficial da entidade política é Estado Monástico Autónomo da Montanha Sagrada (em grego Αυτόνομη Μοναστική Πολιτεία Αγίου Όρους). Esta Região, Província ou Território Dependente da Grécia possui 1118 habitantes, mais ou menos.

A comunidade monástica do Monte Athos foi fundada em 963 auxiliado pelo Imperador Basílio II, sob a regra de São Basílio, quando Sao Atanasio de Athos estabeleceu o Mosteiro de Megisti Lavra que permanece até hoje a maior no estado e tornou-se o maior e mais famoso de todos os mosteiros do Oriente, é na realidade uma província monástica.

O monte está situado na península da Calcídica, a 100 km a sudeste da cidade de Tessalónica e é habitado por cerca de 1500 monges ortodoxos distribuídos em vinte mosteiros principais. Cada um destes mosteiros elege seu próprio superior e os representantes para a Santa Assembleia, que exerce o poder legislativo em todo Monte Atos.

A única forma de se chegar ao Monte Atos é por barco, partindo da cidade de Ouranoupoli. Tratando-se de um território habitado por monges, só podem entrar homens e animais do sexo masculino.
Este pequeno enclave abriga preciosos tesouros artísticos: antigos manuscritos, ícones e afrescos pintados pelos mais ilustres representantes da pintura bizantina. Desde suas origens, a Montanha Santa hospedou místicos e mestres espirituais cujos escritos foram recolhidos no século XVIII numa célebre antologia – a Filocalia – que influenciou profundamente o mundo ortodoxo.

O Império Bizantino desapareceu no século XV e foi substituído pelo novo Império Otomano de caráter islâmico. Os mosteiros  foram exigidos altos impostos a eles. A população de monges diminuiu nos séculos seguintes e  começou a recuperar a partir do século XIX com as doações dos monges de novos territórios ortodoxa na Rússia, Bulgária, Romênia e Sérvia.

Em 1912, durante a primeira Guerra Balcânica, os otomanos foram expulsos da península, que veio sob a soberania grega após o fim da primeira Guerra Mundial. Atualmente, os mosteiros do Monte Athos foram afetados pelos incêndios nas florestas em agosto de 1990 e em maio de 2004, e destruiu parte do Mosteiro de Helandari. Devido a localização de muitos desses mosteiros, às vezes em cima de pequenos montes, os incêndios causam danos consideráveis.

Na mitologia grega, Athos era o nome de um dos gigantes que desafiou os deuses gregos. Athos jogou uma pedra enorme de Poseidon, que caiu no mar Egeu, tornando-se o atual Península. Em outras versões, Poseidon usou a montanha para enterrar o gigante de Heródoto.

A península foi a passagem da invasão de Xerxes I. Xerxes ordenou a construção de um canal através do istmo para evitar de contornar o cabo (seu pai, Darío, perdeu 300 navios e 20.000 homens durante a primeira invasão persa da Grécia). Após a morte de Alexandre, o grande, o arquiteto Dinócrates propôs escavar toda a montanha em busca de  uma estátua de Alexandre.

Até a próxima! 🙂